Nos últimos dias 22 e 23 de fevereiro Vilma Silva, diretora executiva e pedagógica do Travessias, esteve em Portugal, para o II Encontro – A Formação de Educadores e Professores na UniverCidade de Évora, no qual apresentou o trabalho de douturado que vem desenvolvendo sobre “formação estética e qualidade na educação infantil: narrativas docentes”, que sugere a formação estética do professor como um caminho para compreender, perceber e respeitar as linguagens das crianças.

O encontro reuniu educadores de infância, e de séries iniciais do Ensino Fundamental I, para refletir sobre projetos de formação de professores que atendam aos desafios de educar crianças na sociedade de hoje.

Com o título provocador “UniverCidade” de Évora o encontro possibilitou compartilhar diferentes práticas de formação envolvendo vozes dos sujeitos da cidade, como estudantes, educadores, agentes culturais e cívicos, além de pesquisadores nacionais e internacionais, que debateram o sentido e a coerência dos projetos formativos.

No discurso de abertura, Bravo Nico (Diretor do Departamento de Pedagogia e Educação), afirmou que: “Não há universidade sem cidade”, trazendo a importância da interconexão entre esses espaços no pensar sobre a educação.

Já Carlos Neto, professor da Universidade de Lisboa, falou sobre o brincar e o aprender na escola, e alertou sobre a “incultura” do corpo e suas consequências na vida das crianças, questionando sobre a presença delas nas cidades. “Brincar muito permite resiliência, é uma forma de civilizar e humanizar o corpo. A criança só pode entender o comportamento agressivo se brincar de luta”, afirmou Neto.

Segundo Vilma Silva, o encontro trouxe várias reflexões, mas a principal delas é a necessidade de uma nova definição da identidade do que é ser professor: “Os caminhos da construção do desejo de ser educadora vão tecendo a trama da identidade profissional do educador de infância, uma profissão complexa, social e culturalmente implicada na construção do futuro.”